24/07/2015

Encontro-me na solidão. Escrevo acompanhada por uma bela sonata que canta o vazio, a triste melancolia. Nem um chá quente nem uma manta me servem de consolo. As mãos tremem-me, os dedos tortos seguram minuciosamente a caneta. O resto é tudo obra da alma cansada que possuo neste exacto momento. Já não tenho forças para chorar. Perdi a conta de quantas foram as noites passadas na companhia de belos gritos enraivecidos , ao som de músicas estupidamente apaixonantes. Lembro-me de tudo querendo, no entanto, esquecer-me. Estou farta, saturada de lixar a cabeça com filosofias, pensamentos e memórias. Sinto uma tremenda necessidade de evasão. Estou cansada de me sentir assim, perdida, à deriva, apenas com a estranha sensação de que algum dia ainda me hei de reecontrar.... Assim espero....

Sem comentários:

Enviar um comentário