21/02/2016

Não estou sozinha.
Tenho-me a mim.
Conheço-me, leio-me. Não necessito de ninguém, não quero ninguém. Quero-me. Quero poder ser livre para fazer as minhas escolhas, ser auto-suficiente, poder conhecer-me a fundo. Para quê relações falhadas, discussões, proibições, ciúmes que só desgastam e consomem? Para quê lutar por alguém que não mexe um único dedo para me ver feliz? Não tenho paciência. Cada vez mais me sinto a mudar. Tornei-me numa pessoa um tanto exigente: não é qualquer um que me cativa. Sei o que valho e por ter consciência disto, sinto que nunca ninguém será suficiente para me trazer paz e felicidade. Sei que o Homem não é uma ilha, necessito de me rodear de pessoas, multidões, risos e gargalhadas. No entanto, de que me vale toda esta euforia se o meu ser se encontra completamente vazio e seco? Para quê as confusões exteriores se tudo se inicia em mim?
Mais uma vez, a questão do estar sozinha. Não estou.
Por mais que me custe, tem que ser assim.
Tenho-me a mim. Sou-me suficiente.

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